Diversão em Papel

(...) Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com os Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!

Editora Rocco - 397 páginas
Classificação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥


Se eu li Jogos Vorazes? Não, eu não li. Eu devorei! Com certeza, esse livro está no topo dos meus livros preferidos. Não sei se conseguirei expressar a grandeza desse livro - e dos outros dois - em minha resenha, então, acreditem: tudo de bom que eu falar desse livro é pouco para descrevê-lo!

Matar ou morrer. Não há escolha.
Na arena, o mais capaz vence.
Que os Jogos Vorazes comecem!

A crítica ao capitalismo presente no livro é maravilhosa. Doze distritos que são subjugados pela Capital. São distritos muito pobres, cada qual com sua atividade econômica. Katniss, a protagonista, mora no distrito 12, cuja atividade econômica é a mineração. Tudo o que é produzido pelos distritos vai direto para a Capital, a única detentora de privilégios e tecnologia. Qualquer semelhança com a realidade não  é mera coincidência.

Todos os anos, a Capital promove os Jogos Vorazes, como uma lembrança de seu poder sobre os distritos, para que estes tenham medo de se rebelar. São Jogos televisionados, onde, em uma arena, 24 jovens tributos são obrigados a lutar até a morte.

Os tributos selecionados na Colheita - sorteio realizado em cada distrito, com os nomes de todos os jovens elegíveis - são levados para a Capital, para serem preparados para os jogos. Katniss se oferece como tributo quando o nome de sua irmã mais nova é sorteado. Ela vai, então, no lugar de Prim para os jogos.


Eles - tributos - têm que passar pelo Centro de Transformação, para se embelezar, já que aparecerão na televisão - e as pessoas têm de gostar de suas aparências -, e têm até mesmo um estilista particular, que cria as roupas que eles usarão nas apresentações ao público, antes dos jogos começarem.


Dá pra perceber a crueldade? Eles são tirados de suas famílias, mandados para os jogos para matarem - se quiserem sobreviver -, e ainda têm que mostrar o melhor dos sorrisos e a aparência impecável, para que, aqueles que assistirão o sofrimento deles, gostem do que veem. É muito bizarro. É muito cruel.


Suzanne não poupa seus personagens e nem a nós, leitores. Sua narrativa sobre o que está acontecendo na arena é simplesmente de tirar o fôlego. Você se vê dentro dos jogos, sofrendo junto com os personagens, e vendo todas aquelas mortes terríveis de perto. Crianças matando crianças. Sim, é forte.


Apesar de o livro parecer terrível, é, ao mesmo tempo, maravilhoso. Isso porque é uma história que te prende, te instiga, te faz querer, cada vez mais, saber quem sairá vencedor no final. E, quando você se apega com mais de um personagem, a não aguentar imaginar que somente um deles sobreviverá no final. Tenso.


Leitura recomendadíssima. Vocês estão intimados, convocados e obrigados a lerem esse livro!!!